Rejeição

O sentir é muito pessoal

Ouvi hoje o relato de uma jovem que se descreveu como uma pessoa rejeitada. Ela autorizou que eu contasse aqui no blog desde que, obviamente, preservasse sua identidade. A rejeição em si, segundo ela, partiu de um rapaz com quem ela já saía há alguns meses e, na sua percepção, era um namoro. No entanto, quando o assunto chegou na palavra namoro, ele rompeu imediatamente. Disse que o que eles tinham era muito bom, era leve e tranquilo justamente por não ser compromisso.
Essa jovem disse que foi como se o chão tivesse sumido. A dor no peito era física. Ela já tinha planos até para morar junto com ele. Foi como se ela tivesse que passar uma borracha na vida que tinha desenhado para recomeçar a desenhar, mas dessa vez, sem a figura dele.

Achei o relato muito sofrido. Nunca passei por isso e não imaginava que pudesse ser tão intenso, principalmente se tratando de um namoro. A ideia de um divórcio depois de um longo casamento me permitia imaginar a dor, a tristeza, a solidão, mas essa história me mostrou que não é a história que importa. O que importa é a pessoa que sente a dor, porque cada sentir é único.

Porém, mesmo sofrendo é preciso respirar, retomar a razão e se recuperar.

Não deixe que uma rejeição abale sua autoconfiança e autoestima a ponto de ter medo de amar novamente.

As pessoas entram em nossas vidas com um propósito e, se saem é porque esse propósito já foi cumprido. A aceitação é condição primária para iniciar o processo de cura emocional. O caminho às vezes é longo, algumas pessoas são mais sensíveis, lutam com as memórias, cedem à vontade de procurar a pessoa, espiar as redes sociais em busca de informações, perguntar aos amigos sobre a vida do ex e até mesmo chegam a perder o bom senso e a dignidade implorando para reatar um relacionamento que já acabou. Essa é a pior atitude possível porque diminui ainda mais o pouco de autoestima e autorrespeito que sobraram.

A vida de modo geral, no universo, acontece em ciclos. E precisamos saber reconhecer quando um ciclo chega ao fim. Confiando que em seguida outro irá começar.

Ame-se o suficiente para saber que outras pessoas virão e se não vierem, vai ficar tudo bem. Você se basta.

Então, não se entregue ao desespero de correr atrás de alguém que se afastou por escolha própria e nem ao outro extremo, de perder a fé no amor.

Não desista de você nem do amor. Amar é maravilhoso quando o sentimento é recíproco. E você merece experimentar essa sensação!

Texto: Gisele Almeida
@solarisautoconhecimento 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Setembro amarelo: evitando o suicídio

Carência afetiva e dependência emocional

Megalomania