Relacionamentos pacíficos

A difícil arte da convivência afetiva


Conviver não é tarefa simples. Difícil não ceder à vontade de pesar as ações de ambos os lados. Quando você percebe que está oferecendo mais do que recebendo, surgem as primeiras insatisfações. Será que o outro não está agindo com reciprocidade ou é só a sua percepção, distorcida por exemplo, por uma fase mais carente em que você está precisando de uma atenção especial?


Claro que também pode ser falta de reciprocidade legítima sim, pode ser que o parceiro se acomodou ou está te magoando sem querer. Pode ser ainda que ele já percebeu que está magoando, mas talvez essa seja a intenção. Nesse caso, ele pode achar que você não está satisfazendo as necessidades emocionais dele. São variáveis questionáveis de ambos.

Como você já deve ter percebido, tudo é questão de ponto de vista.
Só que essas inconstâncias causam um desgaste desnecessário no relacionamento. Desgaste esse, que se você preza sua relação e é uma pessoa madura, obviamente vai fazer o possível para que não aconteça. Uns argumentam que tudo deve ser falado e colocado às claras. Porém, algumas pessoas não sabem ouvir sem discutir, querem apenas provar que estão certas. O que pode levar outras a evitar o diálogo porque sabe que o que tem a dizer não vai ser levado em consideração.

Então, como é possível encontrar um ponto pacífico nesses casos?
Lembrando do que os uniu: o amor. 

É preciso encarar o outro como um aliado, não como um concorrente. Nunca ferir propositalmente. Isso causa mágoas que podem ser profundas dependendo da sensibilidade de cada um e se acumular de uma tal forma que não vai ter pedido de perdão que conserte.

Num relacionamento com uma pessoa que você ama, pese mais os bons sentimentos e as boas ações, pois as atitudes negativas que você percebe podem ser apenas fruto da sua percepção embotada por sentimentos momentâneos que partem de você mesmo, não do outro.

Valorize quem está ao seu lado. Essa foi uma escolha mútua. A exceção fica por conta de relacionamentos abusivos, mas isso é assunto para um próximo artigo.

Texto: Gisele Almeida
@solarisautoconhecimento


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