Vitimismo e protagonismo

Você é protagonista da sua vida ou uma vítima dos acontecimentos?


Sabe aquelas fases da vida em que tudo parece dar errado? Problemas na vida financeira, afetiva, familiar, profissional... Até as atividades corriqueiras como ir ao supermercado nos surpreendem com algum entrave: é cartão que não passa, caixa mal-humorada, de todas as filas escolher a menor e justamente ela travar com algum consumidor com dezenas de contas a pagar que não quer ir ao banco como a maior parte da humanidade... Pois é, são épocas em que se pudéssemos voltaríamos para a cama e lá ficaríamos até tudo passar.

Só que, será que está tudo tão ruim assim mesmo ou é seu ponto de vista que só está focando nas coisas negativas? 

Assumir o papel de vítima é confortável e podemos facilmente nos acostumar a ele. O vitimismo transfere a responsabilidade das nossas escolhas (sim, nossas escolhas) a terceiros, enquanto ficamos exatamente onde queremos: na nossa zona de conforto. É de lá que ficamos nos queixando e atribuindo a responsabilidade pelos nossos insucessos a outras pessoas ou outros acontecimentos.

Desconsideramos, no entanto, que por pior que nossa situação esteja atualmente o que nos trouxe até ela foi justamente o rumo que escolhemos tomar. Hoje você lida com sobrepeso ou obesidade? Está desempregado? Seu parceiro terminou o relacionamento? Está insatisfeito com sua profissão? Até que ponto você teve em suas mãos a oportunidade de pegar um atalho diferente que te levaria a outro lugar?

Você pode afirmar: "Ah, mas foi meu namorado quem terminou comigo". Ok, mas qual sua participação nesse relacionamento? Em primeiro lugar, foi você quem aceitou esse namorado. Durante o relacionamento, ao perceber possíveis problemas, qual seu empenho em dialogar e buscar uma solução? Entenda que não estamos falando em culpa e sim em responsabilidade. Quando ambos são adultos, ambos podem dialogar e fazer suas escolhas. Muitas vezes aceitamos que um relacionamento ruim se prolongue por pura carência ou solidão. E estas são más conselheiras. Bem, mas isso é assunto para outro blog-post.

Retomando o foco, empenhe-se em fazer uma auto-análise sincera e descobrir onde está errando, avalie com serenidade as situações que a vida te apresenta. Pense nas suas opções. Você pode fazer de tudo um drama ou pode tirar aprendizados úteis para o seu desenvolvimento pessoal. 

Pense: de que forma posso utilizar esta situação de forma construtiva?

Texto: Gisele Almeida
@solarisautoconhecimento

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Setembro amarelo: evitando o suicídio

Carência afetiva e dependência emocional

Megalomania