Educação não se dá por osmose


Talvez você não tenha compreendido bem a relação entre o título e a ilustração, mas até o fim do texto você compreenderá. 


Estava pensando aqui nos casos que conheço de pessoas que se envolveram afetivamente com pessoas difíceis, de gênio ruim (como se costuma dizer), agressivas, grosseiras, com limitações culturais etc. 

Em muitos casos o envolvimento nem é proposital, pode-se ver filhos assim ainda que a família seja sensível, dedicada, justa e culta. 

Fico imaginando o que será que transforma algumas pessoas em seres tão intratáveis, por vezes, arrogantes em tamanha ignorância que nem se dão conta do quão marcante é, ainda que muitas vezes tentem camuflar com um verniz que só engana aqueles com uma percepção muito rasa do ser humano.

Quantas pessoas conhecemos que se consideram cultas, mas basta uma rápida avaliada nos gostos e preferências para revelar o quão ignorante essa pessoa é? Conseguimos perceber as limitações de sua formação ética, moral e cultural.

Lembrando que nem sempre a responsabilidade é da família. Pessoas podem ter desvios deste tipo naturalmente ou culturalmente. Creio que não seja necessário me alongar sobre a diferença de ambos, já que é possível encontrar a resposta em livros de iniciação a Sociologia ou mesmo no Google para aqueles que assim preferem. 

Comportamento de manada é o que define.
Esse é um termo usado por Nietzsche para descrever situações em que indivíduos em grupo reagem todos da mesma forma, embora não exista direção planejada.
A pessoa pensa que está sendo original quando na verdade apenas segue o fluxo grupal. Geralmente têm problemas de identidade e não percebe. Coloca-se na defensiva diante de qualquer pessoa mais instruída do que ela, acusa a pessoa de ser esnobe quando na verdade a outra pessoa está apenas vivendo a vida dela de acordo com a educação e os princípios que conhece. 

É possível a convivência? É. 

O que é necessário? Amor, tolerância e paciência. Sendo que há um limite e uma finitude para tudo. 

Sim, porque ninguém pode ajudar alguém a se tornar mais educado, mais culto, mais espiritualizado e ser moralmente melhor se a outra pessoa não quiser. 

Qualidades morais e cultura podem sim ser ensinados. E podemos ser humanos melhores com auxílio de pessoas que possam ser boa influência, só que é preciso humildade para reconhecer que não somos tão perfeitos quanto imaginamos, que o mundo pode não ser só isso que ouvimos falar e que não somos mais fracos por admitir que estamos aquém da capacidade que podemos alcançar. Ao contrário, inteligente é o homem que quer evoluir sua mente e, até mesmo, seu corpo. 

Por que oferecer apenas a metade, quando podemos oferecer o melhor de nós mesmos? 

Agora se você que está lendo é a pessoa que quer sempre ajudar os outros, aprenda a reconhecer os sinais do momento de parar. Algumas pessoas não têm jeito ou simplesmente não valem a pena. 
Perceba, se como diz a Bíblia (e aqui peço licença gentilmente aos ateus), você não está jogando pérolas aos porcos. 

Referências:

-Bíblia Sagrada: Livro de Mateus, cap. 7, vers. 6.
-Blog Assim Falou Zaratustra

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