Impermanência


A impermanência é uma das poucas coisas que podemos ter certeza na vida. Hoje pensamos de uma forma, amanhã de outra. E isso é muito saudável. Trata-se da capacidade de reflexão. 

Uma pessoa que diz "eu sou assim e não mudo" não é uma pessoa coerente apesar de provavelmente pensar que se trata disso. Essa é uma pessoa inflexível. 

Dizem os orientais, sabiamente, que a árvore mais resistente é justamente o bambu, porque apesar da frágil aparência ele é flexível e diante das pressões da natureza ele se curva, mas não se quebra.


Baseado nessa lição oriental é razoável crer que a capacidade de autoanálise com o objetivo de rever certos conceitos e atitudes é um indicativo de inteligência. Ser capaz de aplicar a crítica que dirige aos outros a si mesmo e num exercício de flexibilidade perceber que mudar às vezes pode trazer benefícios a si próprio faz de você uma pessoa equilibrada, analítica e com bom senso. 

Para uma grande parte das pessoas mudanças são difíceis de realizar, inclusive mudanças de atitudes ou formas de pensar, porém, uma vez que você consiga romper o padrão da estagnação pode encontrar a satisfação que advém com a realização. Nem sempre ficamos estagnados por escolha ou estratégia escolhida para a vida. Muitas vezes isso ocorre por limitações que a vida nos impõe, mas ainda assim é possível fazer uma escolha. Lembre-se que não fazer nada também é escolher.

O que a impermanência traz de positivo é justamente a amplitude de experiências que nos oferece. Nada contra a rotina, mas se você não mudar nada, nada muda.

Texto: Gisele Almeida
@solarisautoconhecimento

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